Performance realizada durante a exposição + Extremos. Espaço Cultural Feevale. Novo Hamburgo-RS.
29 agosto de 2014
Duração: 60 min
domingo, 5 de outubro de 2014
DISCURSO AMOROSO
Performance de Claudia Paim realizada na Casa da Alice, Pelotas-RS.
Data: 05 de fevereiro de 2014.
Duração: 30 min
Data: 05 de fevereiro de 2014.
Duração: 30 min
sábado, 22 de fevereiro de 2014
FLUOXETINA
Realizada durante o Encontro de Performance ruído.gesto ação&performance/corpo estranho 2013
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
AMÁLGAMAS
Amálgamas é um trabalho em fotografia e performance e trata de contato e fusão, ficção e narrativa. Corpos de poros abertos por onde o dentro e o fora fluem podendo ou não se fundir.
Registro de performance apresentada durante Exposição Modos de Ser e Estar no Mundo. Pinacoteca Barão do Santo Ângelo, do Instituto de Artes da UFRGS. Porto Alegre-RS.
Novembro, 2013
À PROCURA
À procura foi performance apresentada no Largo da Estação Férrea de Santa Maria, durante o Evento Internacional arte#ocupaSM. 2013.
É um processo de trabalho que trata de exclusões e esquecimentos. As exclusões sociais e políticas de minorias, como os indígenas, por exemplo. Há ainda os esquecimentos orquestrados pelas ditaduras militares. Como está nossa memória? Outras formas de apagamentos, mas em um regime de micropolítica, são as exclusões familiares: os loucos e as ovelhas negras sendo frequentemente banidos da família através de confinamento em instituições psiquiátricas. Estes e outros exemplos de exclusões foram buscados e evocados em conversas com os transeuntes que passavam pelo Largo da Estação Férrea. Buscou-se assim, trazer à luz histórias de apagamentos em suas mais diversas instâncias através da conversa - um meio de estar-junto.
Duração: 1 dia
ENCANTAMENTO - VERSÃO SÉCULO XXI
Performance realizada durante a SEU - Semana Experimental Urbana. Centro de Porto Alegre-RS.
Novembro, 2012.
Novembro, 2012.
Encantamento-versão
séc. XXI foi uma performance em espaço público e aberta para a participação de
transeuntes. Sua duração foi de 2 horas. Propôs um olhar sobre a construção do feminino, a
representação da mulher e as relações de gênero.
ENCANTAMENTO E ENERGIA NA CIDADE: texto publicado no Caderno SEU 2012
Encantamento e energia na cidade
Interesse pelo
outro – provocação para uma ação, uma tomada de posição. Buscava fazer uma performance
onde, diretamente, incitaria o público a participar. Desejava uma performance
realizada coletivamente em pleno centro de Porto Alegre. Aconteceu às 11hs de uma
segunda-feira, quente e com garoa.
O projeto enviado
para o SEU: “no espaço, devem estar colocados em círculo, no chão, 100
sapos de cerâmica. A performer pega um
sapo e o beija longa e apaixonadamente.
Quando verifica que ele não se
transforma em príncipe, o quebra jogando no chão. Pega outro sapo e repete a
ação. Oferece os sapos para mulheres que
estejam passando ou assistindo. A ação continua até que não sobre mais nenhum
sapo. O ritmo da ação da performer é normal, nem lento nem rápido, sem
alterar-se. Quando não houver mais
sapos, a performer deverá ir embora
calmamente, recompondo a roupa”.
A narrativa da performance:
com uma roupa cor-de-rosa, modelo sóbrio, cabelo preso e maquiagem discreta,
arranjei sapos de cerâmica no chão. Pessoas perguntavam: “quanto custa o sapo?”
Não estão à venda – a informação já fez algumas pararem, curiosas. Peguei o
primeiro sapo, estendi os braços e o mostrei lentamente para as pessoas que
começaram a se aglomerar ao redor. Depois o beijei, lambi, tentei seduzi-lo
esfregando em meu corpo. Olhei novamente para o sapo e constatei que
teimosamente não se transformara em príncipe. Com os mesmos gestos lentos, o
joguei com força no chão. Pedaços de cerâmica verde voaram sobressaltando a
todos. Mais gente parava ao redor de mim e da centena de sapos. Repeti a ação,
mas depois dos beijos, busquei com o olhar alguém que não desviasse os olhos. Caminhei
até ela ou ele e lhe ofereci o sapo. “O que é para fazer?” Sempre
silenciosamente, encolhia os ombros e saia de sua frente deixando um espaço
aberto para sua ação/decisão. Alguns quebraram os sapos, outros o conservaram.
A aglomeração aumentava. Algumas pessoas pediam os sapos, decidi em silêncio
que estas não ganhariam (estratégia de controle mínimo para uma situação que
crescia e cuja energia se adensava).
À medida que os sapos diminuíam, o círculo humano se fechava
ao meu redor. Meu corpo cansado, braços tremendo, um esforço para manter e
sustentar tanta energia. Não entendia as falas, mas percebia que a concentração
deles ecoava a minha. Uma hora e meia após ter iniciado a performance
(vagamente identificava algumas pessoas que estavam ali desde o início),
sobravam dois sapos, uma mulher exausta e uma multidão que me cercava tão de
perto que podia tocar seus corpos. Peguei o último sapo e, depois de beijá-lo,
rompi o ritmo repetitivo da ação: não o quebrei nem ofereci a ninguém,
calmamente o deixei no chão. Avançaram sobre o sapo abrindo uma brecha no
círculo humano. Escapei por ali caminhando normalmente. Outra surpresa: uma
parte das pessoas saiu atrás de mim gritando e pedindo respostas. Pensei que iriam
dispersar. Me enganei: depois de ser seguida pela rua e no Mercado Público, parei
e olhei os perseguidores. Choveram perguntas: “tu és bruxa?” - “porque tu faz isto?” – “porque não pede
nada?” Aturdida e sem querer dar respostas diretas, lhes contei a versão da
Princesa e o Sapo, dos Irmãos Grimm. Nela, a princesa cansada e enojada joga o
sapo contra a parede. É o choque que quebra o feitiço. Via como me olhavam
concentrados (o que está acontecendo? a performance não era para ter acabado?).
Quando terminei, fui abraçada, beijada e recebi agradecimentos. Com a mesma
espontaneidade com que saíram atrás de mim, eles partiram me deixando perplexa.
Como estou até hoje.
claudia paim
Meu obrigada e amor para Camila Mello, Leandro Machado,
Maciel Goelzer, Manuela Eichner e Ulises Ferretti.
Fotografias: Camila Mello
CORPOPAISAGEM#BH
Performance realizada durante o 7 Disseminação, No Centro Cultural de Belo Horizonte. MG
Outubro de 2012.
Outubro de 2012.
Performance com projeção de vídeo sobre o
corpo e colchão. Neste projeto houve hibridização entre a performance e a
videoarte. Foi lido um texto composto de fragmentos de discursos de diferentes autores que, desde o século XVI até hoje, tratam o corpo feminino como coisa e como bicho.
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